
O Mal de Alzheimer é uma doença progressiva e degenerativa que acomete cerca de 1,2 milhão de pessoas no Brasil, segundo a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz). Embora seja muito comum, trata-se de uma enfermidade facilmente confundida com outros transtornos, e por isso entender minimamente seus sintomas pode evitar diagnósticos apressados.
De modo geral, o Mal de Alzheimer é definido pela perda de memória e confusão mental provocadas pela degeneração e morte das células cerebrais.
Mas a doença não se resume a apenas esse sintoma e também não decorre exclusivamente da morte regressiva das células. Na verdade, trata-se de uma condição muito complexa, cujo entendimento global ainda não foi plenamente desvendado pela ciência.
Hoje já se sabe que a doença de Alzheimer pode estar associada a condições genéticas (10% dos casos) e que, de fato, atinge de modo predominante as mulheres (59%) idosas. Sabe-se ainda que condições ambientais a que o indivíduo está exposto podem ou não culminar no avanço ou na prevenção da enfermidade.
Quanto aos sintomas mais comuns associados ao Mal de Alzheimer, é importante destacar que todos estão relacionados a perdas nas funções cognitivas. Normalmente, é a primeira condição a aparecer no paciente, sempre de maneira gradual e progressiva. É caracterizada por depreciação de funções de memória, atenção, orientação e linguagem.
Durante o diagnóstico, é possível verificar o estágio em que se encontra a doença. Essa categorização é feita a partir de três níveis: inicial, moderado e grave.
Na fase inicial, as manifestações mais frequentes do Alzheimer são:
- Falhas na memória recente;
- Esquecimento repentino de compromissos futuros ou de acontecimentos que acabaram de ocorrer;
- Troca do lugar original dos objetos;
- Dificuldades na execução de tarefas que antes eram plenamente cumpridas.
Como o paciente começa a apresentar essas ocorrências de maneira paulatina, não é incomum que os familiares achem graça em algumas ocorrências. No entanto, a renitência desses eventos já sugere o encaminhamento para um profissional.
O estágio moderado do Alzheimer, por sua vez, é o que normalmente dura mais tempo na vida do paciente. Estes sintomas, portanto, são bastante frequentes no histórico de manifestação da doença:
- Falhas na memória de longo prazo;
- Mal humor;
- Confusão constante sobre o calendário e as datas importantes;
- Mudanças no padrão de sono;
- Perda no controle das atividades fisiológicas;
- Alterações nos padrões de sociabilidade e na personalidade;
Por fim, o estágio mais avançado e grave do Mal de Alzheimer é aquele em que o indivíduo já não tem nenhuma autonomia e precisa de supervisão 24 horas por dia. Depois de passar pelos estágios leve e moderado, apresenta um ou mais sintomas relacionados:
- Incapacidade parcial ou total de falar e se comunicar;
- Deficiência parcial ou total de locomoção;
- Despercebimento de si e dos outros;
- Vulnerabilidade a doenças e infecções.
A convivência com um paciente do Doença de Alzheimer exige amparo emocional à família, que se vê envolvida em uma rotina muito inédita de acontecimentos. A perda da memória, que pode fazer com que o indivíduo se esqueça da própria esposa ou de seus filhos, por exemplo, é um processo doloroso e que exige equilíbrio e paciência.
O filme “Meu Pai” (França/Reino Unido, 2020), que rendeu o Oscar de melhor ator a Anthony Hopkins, retrata essa regressão nas funções cognitivas a partir da experiência do paciente – bem como a aflição de seus familiares. Vale a pena assistir.
O diagnóstico precoce, por sua vez, pode ser um fator positivo para o tratamento, uma vez que é possível retardar a degeneração das células cerebrais – embora as razões dessa perda não sejam plenamente conhecidas. Esse tratamento pode aumentar de maneira expressiva a qualidade de vida do paciente e de seus acompanhantes por muitos anos.
Embora não haja nenhuma medicação que possa prevenir o Alzheimer, já se sabe que hábitos que estimulam a atividade cerebral – como leitura, trabalhos manuais, puzzles, entre outros – ajudam a evitar esse e outros tipos de demência. A atividade física orientada e regular e o sono constante e tranquilo também auxiliam nesta tarefa.
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