Doença mamária: sinais de alerta

As mamas têm um papel essencial na vida das mulheres. Os seios destacam parte da transição do corpo infantil para o adulto, sobretudo quando as mulheres tornam-se mães e as mamas cumprem a função de produzir o alimento para os bebês. No entanto, algumas preocupações fazem parte da vida da mulher: a doença mamária é uma delas. 

Quais são as doenças mais comuns na região mamária? 

As mamas são órgãos compostos por células adiposas, tecido sanguíneo, tecido cartilaginoso e estão localizadas acima do tórax e sob o músculo peitoral maior. Nela, são encontradas as glândulas mamárias responsáveis pela produção do leite. Algumas doenças são muito comuns na região das mamas, e entre as principais estão a: 

Mastite puerperal 

Surge de uma inflamação nas mamas e, em alguns casos, está acompanhada de algum tipo de infecção. Os sintomas mais frequentes são a pele avermelhada, inchaço, dor, mal-estar e febre. As causas da mastite muitas vezes estão relacionadas à obstrução dos ductos mamários (tubos que fazem o transporte do leite), o ingurgitamento mamário (acúmulo de leite) e lesões nas mamas. 

Cistos mamários

Os cistos são caracterizados como uma alteração benigna na formação das glândulas mamárias e compostos de líquido fluido. O alerta é para quando esses cistos apresentam algum componente sólido em sua estrutura ou ainda a presença de fluxo sanguíneo no seu interior. Em geral, as pacientes não costumam relatar sintomas, porém é preciso estar atento a sinais como a sensibilidade na região, inchaço e sensação de peso. 

Mastalgia 

A mastalgia é a denominação da dor mamária que possui três tipos de classificação: cíclica, não cíclica e não mamária. 

Cíclica – Um dos principais sintomas é a ardência e manifesta-se de forma unilateral ou bilateral nas mamas. É denominada de mastalgia cíclica por ter a dor irradiada até o período da menstruação e aliviada durante a menopausa. 

Não cíclica – Tem a duração mais breve que a cíclica e ocorre com mais frequência em um dos lados da mama. Esse tipo de dor não possui ligação com a menstruação e as principais causas estão relacionadas pela dilatação dos ductos mamários, esteatonecrose e câncer. 

Não mamária – O sintoma está ligado a outros órgãos ou locais, mas, em geral, pacientes relatam sentir as dores na região da mama e pode estar relacionada a casos de costocondrite (inflamação das cartilagens), radiculopatia cervical (dor aguda e formigamento nos braços ou pescoço), angina (diminuição do fluxo sanguíneo do coração), colelitíase (pedras na vesícula biliar), além de traumas na região. 

Câncer de mama 

Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o câncer de mama é a multiplicação desordenada das células que compõem o tecido mamário. Está relacionado, sobretudo, com alterações e mutações genéticas, caracterizadas como tumores benignos ou malignos. Procure um mastologista em casos de vermelhidão, coceira, presença de líquido no bico dos seios, pele endurecida e caroços ao apalpar a região.  

Doença de Paget da mama 

Câncer que acomete o mamilo e a aréola e apresenta lesão avermelhada e de aspecto descamativo. Em geral, atinge o mamilo unilateralmente e está relacionada ao carcinoma ductal. Os sintomas podem incluir descamação, coceira e vermelhidão. 

Diagnóstico de doença mamária

Alguns sintomas já apresentados podem indicar o surgimento de problemas nas glândulas mamárias. No entanto, é a partir do diagnóstico médico que será confirmado a presença de tumores ou algum nódulo nos seios. Ao realizar a consulta, o profissional poderá solicitar alguns exames, entre eles:

Mamografia 

Procedimento realizado por meio do exame radiológico que disponibiliza detalhadamente todo o aspecto das mamas. Por meio desse exame, é possível identificar o desenvolvimento de nódulos, calcificações e assimetrias presentes nos seios. Segundo a SBM, a mamografia de rastreamento anual deve ser realizada a partir dos 40 anos nas mulheres que possuem risco habitual de câncer de mama. Já para mulheres com histórico de câncer de mama na família ou que já tiveram câncer de ovário, recomenda-se a realização da mamografia, a partir dos 30 anos. 

Ultrassonografia das mamas

A ultrassonografia das mamas é um exame de imagem capaz de analisar a diferença entre lesões sólidas e lesões císticas. Na prática, o exame ajuda a identificar alguns tipos de lesões que não são facilmente identificadas por meio da mamografia. O exame é rápido e indolor, indicado para mulheres abaixo dos 40 anos que apresentaram algum tipo de queixa de nódulos nos seios. 

Ressonância magnética 

O exame de imagem é usado para obter o detalhamento de alterações nas mamas. Em alguns casos, é solicitado pelo médico quando a paciente já foi diagnosticada com algum tipo de câncer de mama e precisa identificar aspectos como o tamanho do tumor existente nas mamas e até se existem outros tumores. A ressonância magnética das mamas não é um exame feito isoladamente, pois precisa ser realizado junto à mamografia para obter com maior precisão possíveis diagnósticos de câncer na mama.

Biópsia 

Nesse tipo de exame, o médico realizará a coleta de uma parte de tecido a fim de ajudar na análise e identificação da presença de células cancerígenas. Para chegar a um diagnóstico, alguns tipos de biópsia poderão ser solicitados, entre eles a biópsia com agulha fina, agulha grossa, cirúrgica e linfonodo. 

Exames 

Busque sempre opinião médica ao sentir qualquer desconforto ou dor persistente. Exames preventivos são fundamentais para evitar o desenvolvimento de possíveis problemas nas mamas e ajudar no sucesso do tratamento, caso seja diagnosticada a presença de alguma doença.