Ansiedade: uma resposta biológica do corpo

A ansiedade é uma sensação que faz parte da vida dos seres humanos. De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), ela é uma sensação importante para o corpo, pois nos ajuda a evitar situações em que estejamos em risco. O problema ocorre quando essa sensação torna-se frequente, afetando negativamente diversas áreas da vida.

O que é ansiedade e como ela se diferencia do estresse normal?

A ansiedade é uma resposta biológica do corpo diante de preocupações e perigos. Ao contrário do estresse, que é uma sensação temporária, a ansiedade muitas vezes torna-se crônica, gerando emoções desproporcionais e excessivas para a vida cotidiana. Um indivíduo com ansiedade, por exemplo, está sempre antecipando catástrofes ou evitando situações que possam deixá-lo frágil e desprotegido.

Quais são os sintomas físicos e emocionais mais comuns da ansiedade?

Os sintomas variam de pessoa para pessoa, mas, em geral, provocam desconfortos físicos, como coração acelerado, diarreia, insônia, desconfortos abdominais, palpitações, dores de cabeça, dor no peito, suor, calafrios, tensão muscular, e sintomas emocionais, como mau humor, aumento ou falta de apetite, preocupação excessiva, isolamento, e outros.

Como saber se minha ansiedade é considerada um transtorno mental?

Os sintomas costumam surgir diante de alguma situação que provoque insegurança. No entanto, quando eles persistem diariamente, impedindo que o indivíduo realize suas tarefas ou se sinta a maior parte do tempo angustiado com sensações físicas e emocionais, é essencial buscar apoio profissional, pois, em alguns casos, isso pode ser indicativo de transtorno de ansiedade.

Quais são os fatores de risco associados ao desenvolvimento de distúrbios de ansiedade?

As causas e a origem dos distúrbios são exclusivas de cada indivíduo, podendo manifestar-se por um ou mais motivos. Entre os motivos mais frequentes ligados ao problema, estão fatores genéticos, traumas, estresse crônico e até desequilíbrios químicos que ocorrem no cérebro.

A ansiedade pode ser geneticamente determinada?

Alguns estudos sugerem que pessoas com predisposição à ansiedade reagem de maneira diferente a eventos da vida. Não só isso, essas pessoas teriam uma maior probabilidade de se envolver em situações que possam ser altamente estressantes. Mas o desenvolvimento dos transtornos de ansiedade estão relacionados não só a genética, como a fatores ambientais também.

Quais são os diferentes tipos de transtornos de ansiedade e suas características?

Cada transtorno possui características únicas e necessitam de abordagens específicas de tratamento.

Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG):

Esse tipo de transtorno tem como principal característica a preocupação excessiva e frequente em diversas situações da vida. O indivíduo com Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) está sempre esperando que o pior aconteça, antecipando eventos que coloquem sua vida em risco ou que possam dar errado, mesmo que não haja comprovação para que ocorram de fato. O tratamento é realizado por meio de terapia cognitivo-comportamental (TCC) e medicamentos ansiolíticos.

Transtorno do Pânico:

Ocorrem episódios inesperados de muito medo de morrer. Além do intenso e descontrolado medo, o transtorno provoca pensamentos acelerados, taquicardia, suor, tremores, sensação de falta de ar e sufocamento. O indivíduo com esse diagnóstico começa a evitar frequentar lugares, partindo gradativamente para o isolamento como uma forma de evitar que os sintomas e sensações voltem a acontecer. A abordagem envolve terapia cognitivo-comportamental e, em determinadas situações, o uso de medicamentos.

Fobias Específicas:

As fobias são provocadas por situações específicas, objetos, lugares, insetos e animais. O contato com o agente causador provoca imenso desconforto, gerando episódios de descontrole emocional e reações desproporcionais. As fobias também são capazes de induzir comportamentos de evitação em relação ao que provocou a sensação de medo. O tratamento envolve o acompanhamento por meio de terapia comportamental, e, para alguns pacientes, pode ser indicado o uso de medicamentos.

Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC):

Caracteriza-se por pensamentos recorrentes e intrusivos, obsessões que levam a comportamentos repetitivos e ritualísticos com o objetivo de aliviar os sentimentos de angústia e ansiedade. O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) envolve diversos tipos, como limpeza, verificação, contagem ou obsessões relacionadas à simetria. O tratamento mais recomendado envolve a terapia cognitivo-comportamental e medicamentos.

Quais são as estratégias de enfrentamento eficazes para lidar com a ansiedade no dia a dia?

As melhores estratégias para amenizar os sintomas são técnicas de respiração, meditação, exercícios físicos e terapia cognitivo-comportamental.

Como a ansiedade pode afetar o desempenho acadêmico e profissional?

Ela pode prejudicar tanto o trabalho como os estudos, já que interfere diretamente na concentração, na tomada de decisões e na execução de tarefas. O indivíduo encontra-se muitas vezes disperso em seus pensamentos e sem conseguir ter foco no que está fazendo, o que afeta negativamente a realização de suas tarefas em diferentes ambientes.

Quais são os tratamentos disponíveis para transtornos de ansiedade?

O tratamento é, na maioria das vezes, multifatorial e precisa incluir o suporte ao paciente através de psicoterapia, abordagens complementares como a prática de exercícios físicos e mudanças na dieta, além da recomendação de medicamentos em alguns casos. 

É possível prevenir o desenvolvimento desse tipo de transtorno?

Para prevenir o transtorno, é essencial adotar um estilo de vida saudável, gerenciar situações de estresse, buscar apoio social e desenvolver habilidades que colaborem para o enfrentamento do problema. 

Quando a ansiedade é preocupante?

É importante ficar atento quando esses sintomas começam a impactar diretamente sua qualidade de vida. Os principais sinais envolvem:

Constância e intensidade: Quando os sintomas tornam-se muito intensos e ocorrem com frequência, é fundamental buscar ajuda médica, pois são sinais indicativos de um transtorno de ansiedade.

Impacto em diferentes áreas: Se você perceber que os sintomas interferem no trabalho, estudo, relacionamentos e autocuidado, também é essencial buscar a ajuda de um profissional de saúde.

Sintomas físicos: Os sintomas costumam ser frequentes e intensos, provocando palpitações, falta de ar, dores no peito, insônia, problemas gastrointestinais, tonturas intensas, entre outros.

Comportamentos de evitação: Se você evita lugares ou situações e busca isolamento em situações do dia a dia, é um sinal de alerta e deve ser investigado.

Preocupações excessivas e irracionais: A ansiedade nem sempre é racional. Portanto, é difícil para familiares e amigos entenderem o sentimento de controle e a evitação de diversas situações. A pessoa sente muita dificuldade em lidar com o inesperado e gatilhos que a deixam insegura e com medo.

Sintomas de pânico: Sintomas como a sensação de morte iminente não são corriqueiros e exigem acompanhamento médico imediato.