Alzheimer precoce: descubra as causas da doença

O Alzheimer precoce é uma forma mais rara da doença de Alzheimer. As características são as mesmas, como iremos descrever abaixo, mas a principal diferença entre as duas formas, é a faixa etária em que a pessoa é afetada. Na forma precoce, atinge indivíduos entre 40 e 50 anos e no tipo mais comum eles têm acima de 65 anos.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), a doença de Alzheimer é um dos tipos mais recorrentes de demência no mundo. Já o Alzheimer precoce atinge cerca de 5% dos pacientes.

O Ministério da Saúde revela ainda que no Brasil cerca de 1,2 milhão de pessoas são afetadas com algum tipo de demência e são diagnosticados 100 mil novos casos por ano. 

Origem da doença

As causas da doença ainda são desconhecidas, mas o que se sabe é que o Alzheimer precoce, assim como no no mal Alzheimer, ocorre através de mutações genéticas de origem hereditária que são capazes de alterar a produção e o desenvolvimento das proteínas do cérebro. 

Com o envelhecimento, algumas células sofrem com a degeneração celular, e uma delas é a beta-amiloide. Essa proteína é liberada por meio dos neurônios e é capaz de destruir as conexões entre as células nervosas do cérebro, provocando problemas como a demência e a perda da memória. Além de problemas como a diminuição no número dos neurônios, que são responsáveis por transmitir impulsos para o cérebro.

Qual a diferença entre mal de Alzheimer e demência senil?

Embora as duas doenças possam ter sintomas semelhantes, elas apresentam condições diferentes. 

Na demência senil ocorre a perda da função cognitiva devido ao envelhecimento do cérebro ou ainda a presença de doenças vasculares, neurodegenerativas e Parkinson. 

Já o Mal de Alzheimer é um tipo específico de demência ocasionada pela morte de células cerebrais ou ainda uma mudança no comportamento das células, como acontece nos casos de Alzheimer precoce.

Quais são as fases do Alzheimer?

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que evolui com o passar dos anos e é caracterizado em três fases:

  1. Fase inicial ou leve – os sintomas são mais leves e podem ser confundidos facilmente com problemas de memória ou envelhecimento. 
  1. Fase intermediária ou moderada – nessa fase os sintomas tornam-se mais problemáticos e incluem a perda da memória, desorientação e alterações no comportamento. 
  1. Fase avançada ou grave – a pessoa pode perder parte da sua capacidade de se comunicar com os outros e ficar mais dependente de familiares e amigos para as atividades do dia a dia. 

A progressão varia de pessoa para pessoa e quanto mais cedo for diagnosticada a doença, maiores serão as chances de manter a qualidade de vida do indivíduo e iniciar o tratamento necessário quando necessário.

Quais são os sintomas do Alzheimer precoce?

Os principais sintomas relacionados à doença estão ligados a problemas do hipocampo, região do cérebro responsável pela memória e aprendizado. Os sintomas mais comuns são:

  • Ausência de memória para eventos recentes;
  • Incapacidade para entender situações complexas;
  • Dificuldade para dirigir ou encontrar lugares;
  • Desorientação;
  • Depressão e apatia;
  • Problemas para encontrar termos ou palavras para determinadas situações;
  • Mudanças de comportamento como isolamento, irritabilidade e interpretações equivocadas.

Tratamento

Não há cura para a doença, mas o acompanhamento médico colabora para evitar a progressão dos sintomas. O tratamento é feito de forma individualizada e de acordo com o histórico do paciente e inclui recomendações como terapia ocupacional, fisioterapia e em alguns casos o uso de medicação. 

Segundo informações da Associação Brasileira de Alzheimer para que o tratamento possa ter mais chances de sucesso, o acompanhamento desde o início dos sintomas é fundamental, além do tratamento no período mínimo de 3 a 6 meses. 

Para obter um diagnóstico preciso da doença o mais rápido possível, é recomendável buscar a ajuda de um neurologista, especialmente se houver histórico familiar da doença, pois isso aumenta as chances de desenvolver o Alzheimer precoce.

Qual exame detecta o Alzheimer precoce?

Exames como a ressonância magnética e a tomografia computadorizada do cérebro podem ajudar na confirmação do diagnóstico da doença, descartar outras ou até identificar problemas como a ausência de vitaminas.

É possível ter Alzheimer com 20 anos? 

Geralmente, os casos de Alzheimer precoce ocorrem de 40 a 50 anos, mas pesquisadores já registraram casos em que o paciente tinha menos de 30 anos. No diagnóstico desse paciente, foram encontrados genes defeituosos de origem hereditária. 

Quando devo me preocupar com o esquecimento?

Esquecer de algumas coisas é muito comum, sobretudo quando estamos realizando várias tarefas ao mesmo tempo e com um elevado nível de estresse. No entanto, quando isso ocorre com frequência, é importante buscar ajuda. Atenção para os sintomas:

  • Esquecer de datas importantes;
  • Não lembrar de fatos recentes;
  • Dificuldade para realizar atividades simples;
  • Confusão mental para encontrar lugares;
  • Mudanças bruscas e recorrentes de humor.

Caso esteja com algum desses sintomas com frequência, é importante buscar ajuda médica para que o diagnóstico possa ser feito da melhor forma, inclusive sendo realizada a investigação de outras possíveis doenças. 

O que não devemos fazer com uma pessoa que tem Alzheimer?

As pessoas com a doença têm sua capacidade cognitiva afetada. Por essa razão, é importante ter respeito e paciência no diálogo e situações do cotidiano.

Evite situações como:

  • Corrigir a pessoa;
  • Apressar seu raciocínio;
  • Subestimar sua capacidade;
  • Falar como se ela estivesse ausente.

Tenha empatia e dê todo o suporte que a pessoa precisar. Conviver com a doença já é algo desafiador e que afeta diversas áreas da vida do indivíduo.