Recentemente, o diagnóstico de bronquiolite tornou-se frequente em algumas cidades. O filho do cantor João Gomes foi uma das crianças afetadas pela doença, que gera grandes problemas nas vias respiratórias dos bebês.
O que é bronquiolite?
É uma infecção e inflamação que afeta principalmente bebês e crianças pequenas, geralmente com menos de dois anos de idade. A inflamação ocorre por meio da obstrução das pequenas vias aéreas dos pulmões, conhecidas como bronquíolos.
O que causa a bronquiolite em bebê?
A condição geralmente é causada por vírus, sendo o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) o mais comum. Outros vírus, como o adenovírus, o rinovírus e o vírus da gripe, também são responsáveis pela transmissão. Esses vírus são altamente contagiosos e se espalham facilmente por meio de gotículas respiratórias, contato direto com secreções ou superfícies contaminadas.
Quais são os sintomas da bronquiolite em bebê?
Os sintomas iniciais são semelhantes aos de um resfriado comum, incluindo coriza, tosse leve e febre. À medida que a infecção progride, os sintomas podem piorar, levando a uma tosse mais intensa, respiração rápida e ofegante (chamada de sibilância), dificuldade para respirar, retrações na pele entre as costelas e ao redor do pescoço durante a respiração, e, em casos graves, apneia (pausas na respiração). Algumas crianças também apresentam irritabilidade, dificuldade para se alimentar e sinais de desidratação.
Como é diagnosticada a bronquiolite em bebê?
O diagnóstico é geralmente clínico, baseado na história e no exame físico do bebê. O médico escuta os pulmões com um estetoscópio para identificar sons anormais como sibilos. Em alguns casos, será necessário realizar exames adicionais, como radiografias de tórax, para descartar outras condições, ou testes de secreção nasal para identificar o vírus causador da infecção.
Tratamentos para bronquiolite
Não existe um tratamento específico para a doença, pois a maioria dos casos é leve e se resolve por conta própria dentro de uma a duas semanas. O tratamento visa dar suporte e colaborar para o alívio dos sintomas. Isso inclui garantir que o bebê esteja bem hidratado, oferecer líquidos com frequência, e manter o ambiente úmido com um umidificador. Analgésicos e antipiréticos são frequentemente usados para aliviar a febre e o desconforto, mas sempre sob orientação médica.
Em casos mais graves, é fundamental hospitalizar o bebê para receber oxigênio suplementar, fluidos intravenosos e, ocasionalmente, suporte respiratório mais avançado. Antibióticos não são eficazes, pois a condição é causada por vírus, não por bactérias.
Como prevenir?
A prevenção envolve principalmente medidas de higiene para reduzir a propagação do vírus. Lavar as mãos frequentemente e com cuidado é fundamental, especialmente antes de tocar no bebê ou nos seus pertences. Evitar o contato com pessoas doentes, especialmente durante a temporada de VSR (outono e inverno), também é importante. Limpar e desinfetar superfícies e objetos que o bebê toca com frequência ajuda a diminuir o risco de infecção.
Para bebês de alto risco, como prematuros ou aqueles com problemas cardíacos ou pulmonares, são administradas medicações preventivas como a palivizumabe. Esta é uma imunoglobulina que ajuda a proteger contra o VSR e é administrada em injeções mensais durante a temporada de maior risco.
Quais são os sinais de alerta que indicam a necessidade de buscar ajuda médica?
Os pais devem ficar atentos aos sinais de agravamento e buscar atendimento médico imediato se o bebê apresentar dificuldade para respirar, respiração muito rápida ou ofegante, retrações na pele durante a respiração, coloração azulada nos lábios ou na pele, dificuldade para se alimentar, sinais de desidratação (como boca seca, choro sem lágrimas, ou redução na quantidade de fraldas molhadas), ou se o bebê estiver excessivamente sonolento ou irritável.
Quanto tempo dura a inflamação?
A duração varia, mas geralmente os sintomas começam a melhorar após 3 a 7 dias, embora a tosse possa persistir por várias semanas. É importante monitorar o bebê durante esse período e seguir as orientações do pediatra para garantir uma recuperação completa.
A doença é uma infecção respiratória comum, mas potencialmente séria. Entender as causas, sintomas e tratamentos, além de saber como prevenir a infecção e reconhecer os sinais de alerta, ajuda os pais a lidar melhor com a doença e a proteger a saúde de seus filhos.
Se houver dúvidas ou preocupações sobre o problema, é sempre recomendável consultar um pediatra para orientação adequada.