A hepatite viral é uma condição de saúde que causa inflamação no fígado e é ocasionada por diferentes tipos de vírus, sendo os mais comuns no Brasil os tipos A, B, C e o vírus da hepatite D, que é frequentemente detectado no norte do país. A condição é denominada por letras que diferenciam os tipos de vírus que causam a doença, além dos modos de transmissão.
O Ministério da Saúde alerta para os cuidados essenciais com a doença, já que muitas vezes ela se manifesta sem apresentar sintomas, podendo variar de leve a grave.
Quais são os sintomas da hepatite viral?
Nem sempre as pessoas que recebem este diagnóstico apresentam sintomas, mas a maior parte delas sente sinais de cansaço, febre, dor abdominal, perda de apetite, náuseas, vômitos, urina escura e icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos).
Quais são os tipos?
Apesar de haver tipos mais comuns, existem cinco tipos principais de hepatite viral:
- Hepatite A: transmitida pela água ou alimentos contaminados.
- Hepatite B: transmitida pelo contato com fluidos corporais infectados (esperma,sangue ou secreções vaginais).
- Hepatite C: geralmente transmitida através do sangue contaminado.
- Hepatite D: ocorre apenas em pessoas que já estão infectadas com hepatite B. É transmitida principalmente pelo contato com sangue contaminado.
- Hepatite E: transmitida pela água contaminada, especialmente em áreas com saneamento precário.
Qual é o tratamento para hepatite viral?
O tratamento da hepatite varia conforme o tipo de vírus e a gravidade da doença. Para hepatites A e E, a abordagem geralmente inclui repouso, hidratação e cuidados para aliviar os sintomas. No caso da hepatite B, é recomendado o uso de medicamentos antivirais para controlar a infecção. Já na hepatite C, os antivirais são altamente eficientes no combate ao vírus.
A hepatite D exige um tratamento mais complexo, pois envolve não apenas o tratamento da hepatite B, já que a hepatite D só ocorre em pessoas com hepatite B, mas também o uso de medicamentos antivirais específicos, acompanhamento constante da função hepática, manutenção de hábitos saudáveis e, em casos graves, o transplante de fígado.
O transplante é considerado apenas quando a doença progride para cirrose hepática, falência hepática ou quando o fígado não consegue realizar suas funções normais. Ele também é uma opção quando a doença é resistente ao tratamento.
Quanto tempo dura a doença?
A duração da hepatite viral varia conforme o tipo. A hepatite A geralmente dura semanas e meses e a recuperação é comum. A hepatite B pode ser aguda ou crônica, com tratamento contínuo em casos crônicos.
A hepatite C também tende a se tornar crônica, necessitando de tratamento prolongado. A hepatite D ocorre apenas com hepatite B crônica, e sua duração depende do tratamento da hepatite B. Já a hepatite E normalmente dura algumas semanas, com recuperação na maioria dos casos.
Como prevenir a hepatite viral?
Para prevenir a hepatite viral, é fundamental adotar várias medidas de proteção. Primeiramente, é importante vacinar-se contra hepatite A e hepatite B, pois as vacinas são eficazes na prevenção dessas infecções. Além disso, é essencial adotar práticas de higiene adequadas.
É importante não esquecer de evitar o compartilhamento de objetos pessoais, como toalhas, escovas de dentes e lâminas de barbear. Adotar práticas seguras em relação ao sexo, como o uso de preservativos e evitar compartilhar agulhas e outros materiais cortantes para minimizar o risco de infecção.