Hipoglicemia e hiperglicemia:  que é e como tratar?

A hipoglicemia é caracterizada pela baixa concentração de glicose no sangue. Já a hiperglicemia é denominada por altas concentrações de glicose no sangue e em muitos casos é ocasionada pela diabetes mellitus. 

A glicose é um dos nutrientes mais importantes para o corpo, já que é responsável por nutrir as células do nosso organismo, inclusive as células cerebrais. Por isso, a incapacidade do organismo em administrar esse nutriente pode trazer graves consequências à saúde.

Qual a diferença entre hipoglicemia e hiperglicemia?

A hipoglicemia ocorre quando o corpo apresenta um nível de glicemia inferior a 55mg/dL e pode ocasionar dores de cabeça, náuseas, fome, tremores, déficit cognitivo, ansiedade, transpiração intensa, palpitações, alterações psicomotoras, convulsões e até o coma. 

As causas da hipoglicemia podem estar associadas à alimentação ou pela produção endógena quando é desenvolvida no interior de um órgão ou do organismo. A doença também se manifesta durante o tratamento da diabetes com insulina ou sulfonilureias. 

Hipoglicemia reativa

Os sintomas da doença também podem ocorrer devido à hipoglicemia reativa ou síndrome da hipoglicemia pancreatogênica não-insulinoma (HHPNI), uma doença em que o paciente possui uma hipersensibilidade no pâncreas por uma produção em excesso da insulina, ele acaba apresentando mal-estar toda vez em que consome carboidratos.

Para o tratamento da doença, é indicado que o paciente busque um médico endocrinologista a fim de contar todo o histórico de saúde e verificar as causas da hipersensibilidade no pâncreas ou insulinoma (tumor que desenvolve-se dentro do pâncreas e segrega a insulina), que também pode ser o responsável pelo desconforto. 

Hipoglicemia é diabetes?

A hipoglicemia muitas vezes pode ser confundida, já que os portadores de diabetes apresentam muitos sintomas em comum e podem desenvolver a doença.

Muitas vezes, isso ocorre porque durante o tratamento com a insulina, os pacientes sentem desconfortos parecidos com os da hipoglicemia. 

Para a melhora dos sinais e sintomas de hipoglicemia, os pacientes portadores de diabetes devem realizar a medição da glicemia cerca de 15 minutos após ingerir qualquer alimento, se o problema permanecer é recomendado alimentar-se novamente e procurar um médico.

Quais são os sinais e sintomas de hiperglicemia?

A hiperglicemia é ocasionada pela dificuldade do organismo metabolizar o excesso de açúcar no sangue e causa no indivíduo sintomas como o excesso de urina, desidratação, formigamento nas pernas, fadiga, perda de apetite, náuseas, vômitos, visão embaçada e dores.

Diagnóstico de hipoglicemia e hiperglicemia

O diagnóstico de hipoglicemia é obtido por meio dos sintomas relacionados à doença, a baixa concentração de glicemia no sangue e resposta após a ingestão de alimentos, sobretudo aqueles ricos em carboidratos simples. 

Já o diagnóstico de hiperglicemia é obtido através de exames de sangue em que o médico avaliará os níveis de açúcar no organismo e os sintomas relacionados. 

Como tratar os sinais e sintomas de hipoglicemia?

O tratamento de hipoglicemia precisa avaliar o nível de comprometimento do organismo do paciente. Para uma melhora rápida dos níveis baixos de açúcar no sangue, recomenda-se o consumo de até 15g de carboidratos (mel, frutas, leite e xarope de milho). 

Como tratar a hiperglicemia?

A hiperglicemia ocorre quando os níveis de açúcar estão muito altos e, diferente da hipoglicemia, o tratamento pode ser mais complexo porque não depende apenas de ajustes na alimentação

Para o tratamento, é preciso considerar aspectos como se o paciente é portador da diabetes tipo I ou tipo II. No primeiro caso, por exemplo, o paciente pode sofrer de cetoacidose diabética. 

A cetoacidose é uma complicação típica de pacientes com diabetes tipo I e tem como principal característica distúrbios metabólicos responsáveis por causar uma deficiência da insulina. Esse distúrbio precisa ser tratado com urgência por um profissional de saúde, pois pode provocar dores no abdômen, náuseas, vômito, alterações neurológicas, desidratação e até o coma. 

O tratamento administrado inclui a reposição da insulina ou a prevenção da hipopotassemia — ocasionada pela deficiência de potássio nas células. 

Já para os casos de pacientes sem sintomas, a recomendação é a hidratação e a dose de insulina recomendada pelo médico. Para pacientes com diabéticos do tipo II e sem sintomas, a recomendação é a ingestão de água ou a dose de insulina, caso seja recomendada por um profissional de saúde. No entanto, se o paciente apresentar qualquer tipo de sintoma, é importante buscar avaliação médica com um endocrinologista.