Se você já faz parte da terceira idade ou convive próximo a alguém com mais de 60 anos, talvez tenha se perguntado a partir de que idade é recomendado buscar um médico geriatra. Para esclarecer essa e mais dúvidas, a Infinity Doctors abordará as principais dúvidas em relação ao tema.
O que o médico geriatra faz?
Esse profissional é responsável pela prevenção e cuidados na reabilitação dos idosos, segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG). Assim como as crianças precisam de cuidados específicos, isso também ocorre com as pessoas a partir de 60 anos.
Por isso, todas as doenças que atingem os idosos podem ser avaliadas pelo médico que buscará os melhores cuidados e tratamentos indicados para esse paciente.
Quais doenças o geriatra trata?
Quando envelhecemos, algumas doenças degenerativas são frequentes e comprometem principalmente a capacidade física e neurológica, além de doenças decorrentes do aparelho respiratório e circulatório. As doenças mais frequentes tratadas pela geriatria são:
- Incontinência urinária e fecal;
- Imobilidade;
- Instabilidade postural;
- Insuficiência cerebral;
- Iatrogenia.
Incontinência urinária e fecal: Caracteriza-se pela incapacidade de controlar a vontade de urinar e eliminar as fezes. As principais causas desse problema estão ligadas às alterações no assoalho pélvico e trato urinário, mudanças hormonais, poliúria noturna (produção em excesso de urina), alterações psicológicas e até efeitos colaterais do uso de alguns medicamentos.
Imobilidade: A perda da massa muscular nos idosos também é conhecida por “sarcopenia” e diminui sua autonomia, causando problemas na flexibilidade muscular, resistência e força, prejudicando atividades no dia a dia. A prática regular de atividade física é fundamental para colaborar no estímulo da circulação sanguínea e no aumento da força muscular e resistência.
Instabilidade postural: A instabilidade postural é outro problema frequente entre idosos e provoca uma série de problemas, entre eles quedas e fraturas nos ossos. Isso ocorre devido à perda muscular e de resistência, processos naturais que atingem o corpo com o passar dos anos. Atividades como fisioterapia e dança são indicadas e ajudam na reabilitação desse paciente e na qualidade de vida.
Insuficiência cerebral: Na terceira idade, as alterações cognitivas são muito comuns e ocorrem devido a alterações funcionais e estruturais no cérebro com o avanço da idade, segundo pesquisa da FAPESP. Isto se aplica, sobretudo, porque algumas partes do cérebro não funcionam como antes e recorrem a outras regiões para cumprir suas funções, o que pode comprometer seu funcionamento e provocar consequências como a demência de Alzheimer (DA), por exemplo.
Iatrogenia: Esse termo é comumente usado quando um idoso sofre de alguma patologia que não está ligada a alguma doença e sim do mal uso na administração de medicamentos ou diagnóstico realizado por médicos ou outros profissionais de saúde. Entre os exemplos mais comuns de iatrogenia estão casos ligados a prescrição de medicamentos ou tratamentos que provocam efeitos e consequências prejudiciais ao idoso.
O que falar na consulta com o geriatra?
Ao realizar a consulta com o médico, é importante compartilhar sintomas que provocam maior mal-estar nas atividades diárias. Com isso, o profissional avaliará a necessidade da prevenção e tratamento de doenças. Fique atento a alguns sinais:
- Problemas na visão;
- Dificuldade em controlar a vontade de urinar ou na eliminação das fezes;
- Quedas com frequência;
- Perda muscular e enfraquecimento dos ossos;
- Dificuldades na memória.
O que é gerontologia?
A gerontologia é a especialidade médica que cuida do envelhecimento sob vários aspectos e pode atuar em diversas áreas, entre elas a psicologia, nutrição e terapia ocupacional.
Esse profissional é o responsável pela prevenção das doenças que atingem os idosos e promovem ações capazes de melhorar a qualidade de vida desse paciente. A SBGG esclarece que esses profissionais podem atuar de forma multidisciplinar, trabalhando em aspectos como a prevenção, ambientação do idoso, reabilitação e cuidados paliativos.
Qual médico realiza o diagnóstico de Alzheimer?
Quando se fala em doenças que comprometem a qualidade de vida do idoso, o Alzheimer é o tipo de demência degenerativa mais frequente. De acordo com informações do Ministério da Saúde, a doença ocorre quando o processamento de proteínas do cérebro para de funcionar corretamente e com isso acontece a perda contínua dos neurônios responsáveis por atividades como a memória e atividades cognitivas ligadas à memória, raciocínio e o reconhecimento de estímulos sensoriais relacionados aos cinco sentidos do corpo.
O diagnóstico de Alzheimer envolve uma série de critérios, pois existem outras doenças que podem comprometer o cérebro e provocar demência. Por isso, o profissional mais indicado para o diagnóstico da doença é o médico neurologista, que indicará os critérios clínicos para a confirmação da doença.
Qual exame detecta o Alzheimer?
Para chegar ao diagnóstico, uma série de exames poderão ser realizados, como a tomografia computadorizada ou ressonância magnética, cintilografia de perfusão e eletroencefalograma também poderão ser solicitados, além de testes laboratoriais.
Quais são os sintomas do Alzheimer?
Alguns sintomas são recorrentes e podem evoluir com o passar dos anos. Fique atento em casos de:
- Dificuldade em realizar as tarefas habituais;
- Comprometimento da memória em eventos recentes;
- Repetição de perguntas;
- Esquecimento de locais, objetos e compromissos;
- Maior dificuldade na realização de tarefas complexas;
- Comprometimento em reconhecer pessoas, dificuldade na leitura e escrita;
- Alterações no humor.
Tratamento
O acompanhamento médico será feito por profissionais da área de neurologia e psiquiatria visando amenizar os sintomas da doença e permitir que o idoso tenha mais qualidade de vida.
