Mulher depois dos 40: mudanças mais frequentes

O corpo feminino passa por diversas transformações ao longo da vida e, após os 40 anos, não seria diferente. Algumas inseguranças vão perdendo espaço para uma mulher mais segura e experiente, que sabe melhor como contornar os desafios que irão surgir. 

No entanto, nessa fase não dá para fugir da temida mudança hormonal que provoca uma série de transformações no organismo. Por isso, quanto mais você entender que é perfeitamente normal passar por essas mudanças, tudo ficará mais leve e será possível buscar ajuda quando necessário. 

Gordura abdominal 

Se você já passou dos 40 deve ter notado que algo de incomum vem acontecendo no seu abdômen. Aquela gordurinha que você não costumava ter antes, agora insiste, persiste e não desiste! Mas saiba que isso é perfeitamente normal, sobretudo com a queda da produção hormonal. 

Massa muscular 

A partir dos 40 anos, a perda de massa muscular também é algo frequente. Quando envelhecemos, a tonicidade da pele e respectivamente o tecido muscular, sofrem muitas alterações principalmente com a diminuição dos hormônios do crescimento (GH), já que indivíduos com mais de 40 anos apresentam menor liberação desse hormônio do que indivíduos com mais de 20 anos, por exemplo. 

Densidade óssea

A densidade óssea caracteriza-se pela presença de minerais nos ossos, e vários fatores podem influenciar na perda de massa muscular e óssea. Com o avanço da idade, existe uma diminuição dessa densidade, que impacta na qualidade de vida, principalmente porque aumenta os riscos de fratura óssea e osteoporose. No entanto, com a prática de exercícios físicos e alimentação saudável é possível aumentar a força muscular  e evitar os impactos da perda de massa óssea.

Resistência aeróbica

Um dos fatores que também deve ser levado em consideração é a resistência aeróbica que reflete na capacidade de praticar qualquer atividade que dependa dos músculos, já que o sistema cardiovascular da mulher sofre mudanças no transporte do oxigênio ao realizar exercícios. Um dos métodos capazes de ajudar nessa resistência são atividades que unam método contínuo, que envolve exercícios de longo ou curto período. Ou ainda o método intervalado, capaz de dividir um treino em períodos de pausa e esforço intenso.

Metabolismo 

Com a chegada dos 40, o metabolismo lipídico é outro fator que sofre alterações. Isso porque as alterações metabólicas e hormonais fazem com que haja uma redução da massa muscular tornando o metabolismo lento e mais propenso a acumular gordura, principalmente a da região abdominal, devido a dificuldade de queimar gordura. 

Mudanças sentidas na pele

O envelhecimento cutâneo é o responsável pela queda do colágeno e rigidez da pele. Por isso, é comum notar mudanças na pele como uma pele mais seca e propensa a mostrar mais linhas de expressão.

Libido 

Os hormônios passam por grandes mudanças e é frequente a queixa de muitas mulheres sobre a mudança no desejo sexual. A perimenopausa é a principal responsável por isso, já que durante o período de transição para a menopausa é comum a redução nos níveis de produção da testosterona e estrogênio que influenciam a libido feminina.

Ressecamento vaginal 

Ele ocorre na mulher devido à queda na produção dos hormônios femininos. A baixa produção de estrogênio traz desconfortos como a queimação, irritação e coceira. É importante buscar ajuda médica para que sejam recomendadas opções como lubrificantes ou hidrantes intravaginais para aliviar os sintomas e desconforto. 

Gravidez

Durante essa fase, é comum a mudança na ovulação e com isso as chances de engravidar podem ser menores. Além disso, existem riscos na gestação após os 40, como o surgimento de diabetes gestacional, hipertensão, abortos espontâneos, distocia funcional ou alterações no trabalho de parto e hemorragias pós-parto. 

Incontinência urinária

Segundo informações da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a incontinência urinária afeta 35% das mulheres que têm mais de 40 anos. O problema ocorre com mais frequência nas mulheres devido à aspectos da fisiologia feminina, entre eles o hiato vaginal e retal, que são duas falhas anatômicas do assoalho pélvico. O tratamento pode ser realizado através de exercícios, fisioterapia e até medicamentos. 

Como fica a menstruação após os 40 anos?

Com a queda na produção de hormônios como o estrogênio e a progesterona, a ovulação passa por mudanças e torna-se irregular. Com isso, ocorrem mudanças significativas no fluxo que podem deixá-lo mais intenso, com maior ou menor tempo e até inexistente. 

Mudança de hábitos

As transformações no corpo e as mudanças hormonais podem ser sentidas mais intensamente a partir dos 40. No entanto, mudar alguns hábitos ajudam a melhorar a qualidade de vida e a cuidar melhor da saúde independente da idade. Cuidar mais da alimentação, manter uma rotina de exercícios físicos e a busca por exames e check-ups ajudam a entender da melhor forma as transformações do corpo e contar com o suporte médico para tratamentos, que podem prevenir o surgimento de doenças e garantir uma vida mais prazerosa nessa fase da vida.