Vitiligo é uma doença em que a pele perde a sua cor devido à destruição das células que produzem melanina. Isso resulta na formação de manchas brancas irregulares na superfície do corpo.
Em pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, a prevalência do vitiligo tem se mostrado igual entre homens e mulheres. O que observou-se foi o crescimento com o avanço da idade, sobretudo porque o vitiligo é uma doença crônica, que na maior parte dos casos têm início na juventude e evolui com o passar dos anos.
Quais são os sintomas de vitiligo?
Os sintomas da doença são notados através da ausência de pigmentação na pele em diversas áreas do corpo e sintomas como:
- Perda gradual da coloração da pele, começando por áreas pequenas e crescendo para áreas maiores com o decorrer do tempo;
- Manchas brancas ou levemente rosadas que aparecem em qualquer área do corpo, incluindo rosto, mãos, pés, braços, axilas, virilha e genitálias;
- Manchas irregulares, pequenas ou grandes, e às vezes com bordas bem definidas;
- Pele mais sensível ao sol, deixando-a vermelha ou com facilidade de queimar mais rapidamente;
- Perda da pigmentação também em outras áreas do corpo, como nos cabelos, barba, sobrancelhas ou cílios;
- Mudanças de cor nos tecidos da boca e dos olhos.
Os sintomas mencionados podem progredir de forma lenta ou rapidamente, e o tamanho das manchas muda de acordo com cada pessoa.
Quais as causas do vitiligo?
A causa exata do vitiligo ainda é desconhecida. Ele é considerado uma doença autoimune que afeta pessoas de diferentes idades, etnias e gênero. Apesar de não ser prejudicial à saúde física, a doença causa diversos impactos emocionais em algumas das pessoas afetadas. Isso porque mexe muito com a autoestima do indivíduo.
Se você notar alguma mudança na pigmentação da sua pele, é essencial buscar o diagnóstico adequado o quanto antes.
Quais são os tipos de vitiligo?
Vitiligo segmentar ou unilateral: é uma forma menos comum, que afeta apenas uma área específica. Geralmente surge em um dos lados do corpo, sendo mais comum em crianças, tendendo a se estabilizar após alguns anos.
Vitiligo não-segmentar ou bilateral: é a forma mais frequente, que afeta os dois lados do corpo e se espalha para outras áreas ao longo do tempo.
Dentro da classificação de vitiligo generalizado, existem os subtipos a seguir:
Vulgar: caracteriza-se por manchas brancas irregulares em várias partes do corpo.
Misto: consiste na junção do vitiligo vulgar, que ocorre por todo o corpo, com o vitiligo segmentar unilateral causador de manchas localizadas apenas em um dos lados do corpo.
Acrofacial: caracteriza-se por manchas brancas nas mãos, nos pés e ao redor da face e boca.
Universal: é uma forma rara e mais grave que afeta todo o corpo, incluindo as áreas não pigmentadas da pele, cabelos e mucosas.
O que faz com que as manchas progridam?
A evolução do vitiligo é um processo complexo e atinge as pessoas de formas diferentes. A condição é causada por uma perda de células produtoras de melanina, chamadas melanócitos, que produzem a pigmentação da pele. No entanto, as causas exatas da perda de melanócitos ainda não são completamente compreendidas.
Alguns fatores são capazes de influenciar a evolução do vitiligo:
Hereditário: ele também é considerado uma doença de origem genética. Ou seja, se há um familiar com o diagnóstico, existem mais chances do vitiligo se desenvolver em outras pessoas da família.
Estresse: o estresse emocional desencadeia ou agrava o vitiligo em algumas pessoas.
Exposição ao sol: a exposição ao sol colabora para a evolução do vitiligo, principalmente em pessoas de pele clara.
Trauma na pele: lesões, cortes ou queimaduras têm chances de provocar o aparecimento de manchas da doença nas áreas afetadas.
Infecções: algumas infecções virais, como a hepatite C, estariam associadas ao surgimento de vitiligo.
Distúrbios autoimunes: o vitiligo também pode estar associado a outras doenças autoimunes, como a diabetes tipo 1, a doença de Addison e a alopecia areata, segundo pesquisa oficial da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Ainda que a doença possa ser tratada, ela ainda não tem cura e seu desenvolvimento é imprevisível. Alguns casos se estabilizam e não progridem, enquanto outros evoluem e tornam as manchas mais extensas com o passar dos anos.
Quais exames identificam o vitiligo?
O vitiligo é geralmente diagnosticado por um dermatologista, com base em avaliações clínicas da aparência da pele. No entanto, existem alguns exames utilizados para auxiliar na confirmação do diagnóstico ou descartar outras condições que possam ser semelhantes à doença. Alguns desses exames incluem:
Lâmpada de Wood: uma lâmpada especial que emite luz ultravioleta, usada para examinar a pele em busca de manchas brancas ou lesões dermatológicas que são difíceis de avaliar sem equipamentos específicos.
Biópsia da pele: uma amostra de pele é retirada e examinada através do microscópio para confirmar o diagnóstico.
Exame de sangue: exame coletado para verificar se há alterações nos níveis de células do sangue e dos anticorpos.
Teste cutâneo de alergia: exame realizado a fim de descartar outras condições que apresentam manchas brancas semelhantes ao vitiligo na pele.
Fotografia corporal total: usada para documentar a extensão e a progressão das manchas com o decorrer do tempo.
Dessa forma, é importante destacar que o diagnóstico é baseado principalmente na aparência da pele, e nem sempre será necessário realizar os exames mencionados para confirmá-lo. Tudo dependerá da avaliação clínica realizada por um profissional. Em casos de quaisquer alterações, consulte seu dermatologista para o diagnóstico correto da doença.