O relação entre a alimentação e a qualidade do sono

A busca pela qualidade do sono envolve diversas estratégias, e o que ingerimos é parte fundamental desse processo. O campo da psiquiatria nutricional e estudos recentes demonstram que a nossa dieta tem um impacto profundo em transtornos mentais e cognitivos, incluindo a insônia.

O cérebro humano tem um poder incrível, e cabe a cada um utilizá-lo com uma alimentação saudável. Diferentemente da crença comum de que a alimentação se relaciona apenas com perda de peso ou longevidade, ela também afeta diretamente o nosso cérebro. O alimento, de fato, pode ser a influência mais poderosa sobre o futuro do nosso cérebro.

A Dra. Uma Naidoo, psiquiatra formada em Harvard, especialista em nutrição e chef de cozinha, elaborou um guia indispensável que trata especificamente dos alimentos surpreendentes que combatem distúrbios como a insônia. Seu trabalho apresenta dados científicos para mostrar de que forma uma dieta saudável pode ajudar a tratar e prevenir diversos problemas psicológicos e cognitivos.

O livro This Is Your Brain On Food (lançado no país como o Cérebro e a alimentação) se propõe a ser o guia ideal para quem deseja cuidar da saúde mental por meio da alimentação, fornecendo informações sobre quais alimentos são mais ou menos adequados no combate a transtornos como a insônia.

Embora as fontes confirmem que há um programa nutricional focado em otimizar a saúde cerebral e combater a insônia, os trechos disponíveis não detalham a lista específica dos melhores alimentos recomendados para o sono. 

Ainda assim, temas como o que comer para dormir melhor, alimentos para ansiedade, triptofano, magnésio, chá para dormir, cafeína, melatonina natural, e higiene do sono estão entre as buscas mais frequentes, e todos eles se conectam diretamente à relação entre dieta, cérebro e descanso.

Além disso, pesquisas populares mostram que muitas pessoas querem entender a diferença entre alimentos que induzem relaxamento e aqueles que atrapalham o sono, como o consumo excessivo de açúcar à noite, refeições pesadas, álcool e cafeína tardia. Há também um interesse crescente em temas como microbiota intestinal, inflamação, ansiedade noturna e como tudo isso conversa com noites mal dormidas.

Estratégias

Para além da alimentação, outras obras enfatizam que resolver distúrbios do sono exige soluções simples e práticas. Tais estratégias não nutricionais incluem:

  1. Estabelecer padrões de sono saudáveis.
  2. “Treinar” o cérebro e intensificar esse treino a fim de combater a insônia e outros transtornos do sono.
  3. Saber o que fazer – e NÃO fazer – antes da hora de dormir.
  4. Fazer pequenas mudanças no quarto que podem ser implementadas rapidamente e a custo zero para ajudar, de imediato, a dormir melhor.
  5. Reduzir o tempo de tela à noite e controlar a exposição à luz azul, um dos temas mais buscados quando o assunto é insônia digital.
  6. Criar uma rotina noturna simples, com rituais como leituras leves, respiração profunda, alongamentos e chás calmantes (como camomila, melissa e valeriana), que figuram entre as pesquisas mais procuradas por quem quer dormir mais rápido.

Essas práticas, somadas a uma alimentação que favoreça o equilíbrio hormonal e o funcionamento do sistema nervoso, ajudam a construir uma rotina de sono mais estável e, de quebra, afastam aquela guerra noturna com o travesseiro.

Como melhorar a qualidade do sono com alimentos

Alguns alimentos podem atrapalhar o sono e deixar a mente mais desperta do que o necessário à noite. A cafeína, presente no café, chás como preto, verde e mate, refrigerantes de cola e energéticos, é a principal responsável por esse efeito, já que estimula o sistema nervoso e permanece no organismo por horas. O chocolate também interfere por conter cafeína e teobromina, enquanto o álcool prejudica a qualidade do sono ao fragmentar as fases de descanso.

Alimentos muito açucarados podem gerar picos de energia, e refeições gordurosas, pesadas ou muito picantes dificultam a digestão e podem causar refluxo. O excesso de sódio contribui para desconfortos e aumento da sede, e beber muito líquido próximo da hora de dormir também favorece despertares noturnos. Esses fatores juntos podem comprometer o adormecer e a continuidade do sono.

O que comemos conversa diretamente com a forma como dormimos. Ajustar a alimentação, evitar estímulos à noite e criar pequenas rotinas de cuidado pode fazer toda a diferença para quem busca um sono mais profundo e restaurador. Quando damos ao corpo os nutrientes certos e reduzimos o que atrapalha, o descanso deixa de ser uma batalha e passa a ser uma consequência natural de hábitos mais equilibrados..